Quem és?
Quem és tu, que cavalgando nuvens
Satisfaz um ideal frustrado?
Quem és?
Quem és tu, que vibras uníssono como o éter?
Ao te arrojares caindo docemente como amparado pelas asas de um arcanjo
Do corcel alado tonitroante em motores
Para enfrentar o silêncio vazio do desconhecido?
Quem és?
Serás um Deus ou Demônio
Serás um louco ou um homem?
Quem és?
Quem és tu que enfrenta o turbilhão de complexos
Que pululam
Em teu inconsciente,
Lutando contra a tua personalidade
Gladiando-se na incógnita vazia e silenciosa do teu ser?
Serás um Deus ou Demônio
Serás um louco ou um homem?
Quem és?
De onde vieste?
De que vives?
Com que sonhas?
Para aonde vais?
Serás tú um Deus
Ao sentir a brisa acariciante do espaço
Roçando-te as faces plácidas e viris,
Enquanto lá do alto,
Vislumbra um mundo tão pequeno
Aos seus pés de gigante.
Ou serás tu um demônio ao dominares,
Lá da imensidão dos céus,
Dando evasão aos teus recalques,
Sentindo-te dominador
Desejando que tudo aquilo se acabasse para
Que teu voo tornasse eterno...
Infinito?
Que estranho ventre gerou
Tão estéreo ser?
Será que em ti a genética se confunde na
Partonogenêse cromossomática
Em cruzamentos híbridos
De espécimes desconhecidas?
Complexa gênese é a tua.
Descedente de Deus
para os teus companheiros;
descedente de um demônio
confabulam os teus inimigos;
para os covardes sem ideal,
foste gerado de um louco;
tua esposa e tua prole,
sabem-te homem.
Tu és a simbiose perfeita
De Deus, Louco , Demônio e Homem
Alimentado pelo que vai e
Verdadeiramente existe no recôndito
Mais profundo do teu ego e superego.
És um paraquedista!
És um demônio
Com uma parcela de louco
És um homem
Com espírito de Deus.